terça-feira, 29 de abril de 2008

Micro de mesa?

Ainda me lembro como se fosse ontem meu primeiro contato, em 1989, com um computador do padrão IBM-PC, ou simplesmente PC para os íntimos (esse mesmo que grande parte dos mortais usa hoje em dia). Não dá pra descrever a emoção que senti quando sentei na frente de um desses com uma telinha que só trabalhava com a cor laranja e praticamente tudo era feito em modo texto, você digitava um comando (muitas vezes cabalístico) no teclado e o micro executava suas ordens fielmente, como ainda é hoje e se Deus quiser sempre vai ser, só que sem a ajuda do nosso grande companheiro atualmente, o mouse.
O PC foi evoluindo, ficando mais potente, ganhando mais memória e processamento e assim abrindo caminho para programas em modo gráfico onde aqueles comandos fenomenais de antes iam sendo substituídos por um simples clicar do querido mouse. A coisa mudou muito de lá pra cá, a internet chegou com força total e se instalou de vez no mundo cybernético, computadores de hoje são capazes de rodar vídeos, músicas, jogos fenomenais e o que mais vir na sua cabeça, simples assim, na sua frente e na hora que você quiser. Quase chorei de emoção em meados dos anos 90 quando consegui, depois de três horas e meia, baixar meu primeiro arquivo MP3 em uma linha discada que me dava 33.660Kbps de velocidade na conexão, aquilo era Top, música com qualidade de cd vindo por uma mísera linha de telefone Deus sabe lá de onde, direto pra mim e de graça. Mas como disse, as coisas mudaram muito de lá pra cá, e estão até querendo “matar” meus velhos amigos, o mouse e o teclado.

A Microsoft, amada e odiada mundo afora, apresentou a sua mais nova cartada. Não, não vou falar do Vista, a milésima edição do Windows que basicamente é a mesma coisa desde 95 - comecei a mudar de idéia sobre isso - , mas sim do Surface, um computador diferente do que estamos acostumados hoje em dia.
Desktop ao pé da letra significa, em inglês, em cima da mesa. Esse é o termo usado para um computador “normal” hoje, pois geralmente teu micro deve estar mesmo em cima de uma mesa não é? O Surface traz um conceito diferente, pois ele simplesmente é a mesa.
A idéia é a seguinte, imagine aquela mesa que fica no centro de sua sala entre os sofás e que sua mãe detesta que façam bagunça nela, agora imagine essa mesma mesa só que em vez de a parte de cima ser de vidro, por exemplo, essa parte é simplesmente uma tela de LCD sensível ao toque e recoberta por uma proteção transparente de acrílico de alta resistência. Basicamente isso é o Surface, sacou?
Nessa “mesa” você pode ver suas fotos digitais como sempre fez no computador, mas em vez de clicar em um ícone com o mouse e abrir a imagem, você simplesmente espalha suas fotos por cima da “mesa” e vai movendo-as com o dedo, diretamente na tela, ou melhor, mesa.
Imagine agora você tirando uma foto em sua maquina digital e simplesmente ao colocar a sua câmera em cima do Surface as suas fotos aparecem na tela e se espalham pela superfície como em um passe de mágica e depois coloque um celular em cima da mesma superfície e arraste a foto em direção a ele e simplesmente verá, novamente como em um passe de mágica, a foto “entrando” no celular, onde você poderá colocar como papel de parede ou fazer o que bem entender.
Isso é possível porque o Surface tem a capacidade de fazer automaticamente conexão direta e sem fio com dispositivos que entrem em contato com ele, tudo de uma forma clara e simples, sem mouse, sem teclado. Com isso é possível, por exemplo, colocar seu celular em cima do Surface e ele simplesmente captar seus novos contatos armazenados durante o dia e os arquiva em uma pasta sua, ou pergunta se você quer recarregar seus créditos que estão no fim.
A empresa de Bill Gates pretende colocar as primeiras unidades do Surface a venda já no fim desse ano somente para empresas e em breve ele chegará ao usuário comum com um preço mais acessível, ou não tão acessível assim, pois o mesmo terá custo estimado de U$ 6.000,00 nos Estados Unidos e sem previsão de lançamento para o Brasil.
Há quem diga que a idéia do Surface já nasce ultrapassada, só esperando mesmo pra ver se a coisa pega ou se vai para o museu tecnológico das bugigangas que não deram certo. Por hora, vou continuar aqui com o meu bom e velho PC de sempre, agora com tela colorida, o teclado velho de guerra e claro.... o mouse.
Obs: Escrevi esse artigo no ano passado e lembrei dele ontem, dai resolvi publicar aqui, já que o assunto ainda é bem atual.

2 comentários:

Anônimo disse...

eee saudade desse artigo que vc fez...me ajudou tanto.Merecedora de um 10 graças a ele uhauahauahau...Você se expressa bem nele...e realmente nesse texto que você criou relatando suas emoções diante de um micro,mostra o motivo desse blog.
Você + micro = combinação perfeita.

Bjos.

Anônimo disse...

Oi Alex,
viver por aqui tem o lado A e o lado B...... mas foi escolha propria então eu procuro ver sempre o lado bom!
Obrigada pelos parabéns e pode linkar o blog sim!
Abraços a vc e a Leticia!